Em um dos mais ousados ataques contra a Rússia desde o início da guerra, a Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria neste domingo (1º) — em uma operação estilo "cavalo de Troia" com drones camuflados em compartimentos escondidos em contêineres, transportados por caminhões que pareciam estar levando carga inofensiva.
A Rússia considerou os ataques da Ucrânia, chamados de Operação Teia de Aranha, como um ato terrorista.
O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e pelo método de ação inédito na guerra entre Ucrânia e Rússia.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.
Apesar dos ataques, a Ucrânia confirmou que vai a Istambul negociar um cessar-fogo com a Rússia.
Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.
A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.