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Vacina deve funcionar porque o coronavírus muda pouco, diz brasileira que publicou estudo sobre genomas na 'Science'

Estudo sequenciou 427 genomas do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Pesquisadores descobriram pouco mais de 100 linhagens, sendo que 3 principais circulam no Brasil.

Publicada em 23/07/20 às 19:37h - 212 visualizações

por Por Lara Pinheiro, G1


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Foto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo Sars Cov-2, o novo coronavírus ? Foto: NIAID via Nasa  (Foto: Gandu FM)

A cientista Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da USP, tem mapeado o quanto o novo coronavírus apresentou mudanças desde que chegou ao Brasil. Ela é uma das líderes do estudo que sequenciou 427 genomas do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e que foi publicado nesta quinta-feira (23) na revista "Science", uma das mais importantes do mundo. Os genomas foram identificados em 21 estados do Brasil.

Para ela, a publicação do estudo, divulgado no mês passado, é uma conquista. "É um trabalho em equipe. Uma conquista", disse, em entrevista ao G1.

A médica explicou que o sequenciamento do vírus é importante porque assim foi possível descobrir, por exemplo, que ele sofre poucas mutações, o que facilita a produção de uma vacina.

"A capacidade de sequenciar é importante e ajuda vacinas. No caso da Covid, aparentemente, a vacina vai responder porque o vírus muta muito pouco. Mas a gente sabe isso porque sequenciou um monte de sequências" - Ester Sabino

Ela comparou o Sars-CoV-2 a outros vírus, como o HIV e os da Influenza, nos quais a variabilidade é chave para a vacina. "No HIV, uma cepa é diferente da outra em 30%. No caso da Covid, a amostra brasileira tinha 3 mutações diferentes em relação à original. É uma a cada dez mil [o equivalente a 0,01%]", analisou Sabino.

Renato Santana de Aguiar, professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e outro dos líderes do estudo, explicou ainda que estudar o genoma do vírus permite entender a diversidade dele no país.

"Será importante escolher quais sequências provocam uma resposta imune mais forte e quais linhagens representam melhor a diversidade de vírus circulantes, o que acabará por ajudar a monitorar as candidatas a vacinas existentes e acelerar o desenvolvimento de vacinas subsequentes", detalhou.

Quem são as brasileiras que sequenciaram o genoma do novo coronavírus
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Quem são as brasileiras que sequenciaram o genoma do novo coronavírus

Sabino também já havia feito parte de um primeiro sequenciamento do código genético do vírus, em fevereiro, junto com outros pesquisadores brasileiros.

Desta vez, a análise foi feita em uma parceria de 15 instituições de pesquisa do Brasil com a Imperial College London e a Universidade de Oxford, no Reino Unido ? que também busca uma vacina para a Covid-19, a doença causada pelo vírus. O sequenciamento é o maior da América Latina e um dos maiores do mundo, segundo os cientistas.

O trabalho foi desenvolvido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), MRC, Wellcome Trust, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Capes e CNPq.




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