

Policiais civis interditam 49 postos de combustíveis nesta quarta-feira (5) em cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins durante a Operação Carbono Oculto 86, que investiga um esquema de lavagem de R$ 5 bilhões para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo usava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro para a facção, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio. Dezesseis postos ficam na capital piauiense Teresina.
Um dos bens apreendidos na operação foi o avião Cessna Aircraft do empresário Haran Santhiago Girão Sampaio. em entrevista não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização desta reportagem. A polícia apreendeu ainda um Porsche avaliado em mais de R$ 550 mil.
Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão nos seguintes endereços ligados aos investigados:
De acordo com a Polícia Civil do Piauí, o valor de R$ 5 bilhões foi identificado em movimentações atípicas das empresas envolvidas no esquema. A suspeita é que ele seja semelhante ao descoberto na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto.
A investigação revelou interconexão direta entre empresários locais e os mesmos fundos e operadores alvos da Carbono Oculto, considerada a maior operação da história do país contra o crime organizado.
Para dificultar a identificação dos reais beneficiários, os suspeitos usaram nomes de laranjas, constituíram fundos e usaram fintechs para movimentações financeiras, mesmo modo de operação verificado na outra operação.
A investigação aponta ainda que os postos vendiam combustível adulterado e que usaram fraude fiscal para deixar de pagar milhões de reais em impostos.