Visitas: 1539372
Usuários Online: 1
Uma testemunha-chave permitiu que a polícia da Flórida, nos Estados Unidos, prendesse o homem suspeito de tentar assassinar o ex-presidente e atual candidato, Donald Trump, cerca de 40 minutos após ele ter o cano do rifle flagrado por um agente do Serviço Secreto. O chefe da polícia do Condado de Martin, William Snyder, disse em entrevista que um civil desconfiou do suspeito, Ryan Routh, de 58 anos, e fez uma foto dele e da placa do carro usado pelo homem. A suposta tentativa de homicídio aconteceu no domingo (15) quando Trump jogava golfe em West Palm Beach. Segundo o policial, o suspeito estava "apenas dirigindo", mas "esperto". "Eu acho que ele pode ter pensado que tinha conseguido escapar. Claro, ele não poderia saber que havia uma testemunha que realmente fez a coisa certa. Ele estava apenas dirigindo de volta para onde quer que ele tenha vindo", explicou. O atirador fugiu em um veículo utilitário esportivo. Após a testemunha ajudar os policiais, Routh foi encontrado em cerca de 40 minutos. Ele fugiu por pouco mais de 3 km com o veículo que tinha placas roubadas. "Apenas cercamos o veículo e o forçamos a parar, manobrando para fora da rodovia. Nossa principal preocupação, não importa o que aconteça, é a segurança dos outros motoristas. Não queremos criar uma situação onde estamos em uma perseguição em alta velocidade ou tiroteio e há pessoas inocentes", afirmou o chefe da polícia local. Leia mais: Ao ser perguntado se sabia por que havia sido parado, Routh "respondeu afirmativamente", de acordo com o registro da ocorrência, informou a Reuters. "Logo no início não sabíamos 100% [que era ele]. Tínhamos o veículo. O que não sabíamos era se a testemunha tinha acertado", disse. Depois, o chefe de polícia explicou que o suspeito teve a confirmação da identificação na delegacia do condado. "Ele não estava armado quando o retiramos do carro. Não revistamos o carro, esperamos até que o FBI chegasse." Ainda de acordo com o Snyder, o FBI e o Serviço Secreto estão focados em entender se o suspeito fazia parte de uma conspiração ou se ele era uma espécie de atirador solitário. "Essa situação realmente tem um tom muito sombrio", avaliou. Ryan Wesley Routh participa de manifestação pró-Ucrânia em 30 de abril de 2022 — Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo Documentos que fazem parte do processo contra o suspeito apontaram que ele acampou do lado de fora do campo de golfe do ex-presidente com comida e um fuzil AK-47 por quase 12 horas esperando o republicano antes de disparos serem ouvidos no local. Acredita-se que Ryan Routh tenha se posicionado na linha de árvores do campo de golfe entre 1h59 e 13h31 de domingo no horário local (entre 2h59 e 14h31 no horário de Brasília), de acordo com um depoimento do FBI que cita dados de celular do suspeito. Uma câmera digital, um rifle estilo SKS carregado com mira e uma sacola plástica contendo comida foram recuperados da área onde Routh estava, segundo o depoimento. Nesta segunda, o suspeito foi a um tribunal da Flórida, onde foi acusado formalmente por dois crimes com arma de fogo. O Departamento de Justiça não confirmou que o suspeito tenha efetuado disparos. Acusações adicionais e mais graves são possíveis à medida que a investigação avança. Routh foi condenado em 2002 por posse de uma arma de destruição em massa, de acordo com os registros online do Departamento de Correção de Adultos da Carolina do Norte. No domingo, tiros foram disparados perto de um campo de golfe em West Palm Beach, na Flórida, onde o republicano disputava uma partida. As autoridades locais disseram que agentes do Serviço Secreto que protegiam Trump viram o homem com um fuzil AK-47 próximo ao campo. "Ele teria escapado, mas um civil o viu. Estaríamos procurando por ele agora, fazendo impressões digitais. Então, sim, essa testemunha merece muito crédito", afirmou o chefe da polícia nesta segunda-feira (16), conforme a Reuters.
12 horas de espera